um convite à vulnerabilidade

by - 10:07


Tem dias que eu desaprendo a respirar, ar fica pesado, e a tarefa mais simples do mundo, o respirar, torna-se perspectivo, do nada meu foco muda para o inspira, expira, inspira, expira, eu não posso parar, inspira, expira, inspira, expira, eu não pode esquecer que está viva. 

mas porque eu estou viva?


Quando me dou conta dessa pergunta me sinto atingida por uma flecha, nada mais faz sentido, respirar não faz sentido, nesse momento eu gostaria está morta, mas até para a morte é preciso de um ato de coragem, coragem essa que eu não tenho. 


Eu tenho medos, muitos deles, e perguntas, muitas delas também, e um total de zero respostas. 


Ainda sangra, ainda dói, a flecha ainda está aqui e eu começo a não fazer mais sentido. 


Eu estava vivendo a melhor fase da minha vida e de repente estou aqui, nesse lugar de novo, aprendendo mais uma vez a respirar. E na real eu só queria deitar e nunca mais acordar


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